Há alguns meses estava conversando com a minha mãe e falando de várias pessoas - não lembro quais. Mas lembro que julgava-as. E minha mãe me alertou: cuidado com as fogueirinhas! E explicou: temos muita facilidade em julgar. Vamos lá, fazemos a nossa inquisiçãozinha e jogamos as pessoas nas nossas fogueirinhas. Sem o menor constrangimento.
É muito fácil julgar os outros, é muito confortável apontar os defeitos alheios, afinal, o inferno são os outros. Assim como é fácil resolver o problema de terceiros. Acho que por isso julgamos tanto. Na ânsia, ou no medo, de resolver nossos próprios problemas, recorremos aos dos outros.
Desde essa conversa tento evitar os julgamentos levianos, mas é muito difícil. É a mesma coisa que não ter opinião sobre as coisas ou pessoas. Mas com certeza existe um limite saudável entre o julgar leviano e cruel e uma opinião baseada no que conhecemos de cada história. E acho que aí está o caminho, o do meio, sempre.
No caso, é evitar as fogueirinhas.
Ter opinião, mas não queimar ninguém.
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